19 de mai. de 2010

REPERCUSSÃO DO ACORDO NO IRÃ.

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Para ser breve:

O acerto mediado por Brasil e Turquia com Teerã foi baseado nas conversações que a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) manteve, ano passado, com autoridades iranianas;

A China (e agora, aparentemente,a Russia também) colocaram-se à favor da negociacão mediada por Lula. Ambos os países tem direito a veto no Conselho de Segurança da ONU;

Jornais e TVs brasileiros deram destaque ao acordo como fato negativo para a diplomacia do Brasil, argumentando que a secretaria Hillary Clinton, depois do anuncio do acordo, produziu declaração conjunta insistindo nas retaliações contra o Irã.

Entretanto, o que ocorreu de verdade foi a confecção de um ESBOÇO, ou rascunho, de proposta de retaliação promovida pelo governo dos EUA, como não poderia deixar de ser, diante da falta de poder de intervenção no Irã. Estranho seria se Obama aceitasse o acordo.

Em seguida, China e Russia deram um tom de amenidade à declaração assinada, inclusive, por eles.

O embaixador chinês Li Badong disse à respeito do documento firmado: "as portas para a diplomacia não estão fechadas; as negociações são a melhor maneira de lidar com a questão" .

O ministro do exterior Russo, Sergei Lavrov, ligou para Hillary Clinton defendendo análise mais profunda no acordo Irã-Brasil-Turquia.

Como se pode perceber, a midia está tentando se aproveitar de um fato relevante para, como de costume, atear fogo no circo. Ontem, no Jornal da Globo, os debilóides Jabor, Waack e Pelajo não esclareceram que Hillary preparava um RASCUNHO de sanções que ainda devem ser aprovadas pela ONU. Sem vetos!

A parte brasileira neste affair foi cumprida com pleno êxito pela diplomacia nacional, capitaneada por Celso Amorim. O que se pode esperar, depois do acerto com Ahmadinejad, é que se dê sequência ao acordo e, caso Teerã descumpra sua parte, aí sim, sejam impostas sanções.

A imprensa tupiniquim, a parcela comprometida até o pescoço com interesses inconfessáveis, devia se preocupar mais em tentar dizer verdades. Confundir o público só piora sua credibilidade.

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