12 de set. de 2010

CLASSE “C” VOTA DILMA-PT.




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Poucos analistas se deram conta da nova "cara" do Brasil e suas consequências politicas.

Resultado dos últimos 8 anos de governo de Lula, uma imensa quantidade de pessoas, antes marginalizada, entrou no mercado consumidor pela porta da frente. Até pouco tempo desprezados pelas politicas sociais dos governos neoliberais, alcançaram o status de classe média através do emprego e divisão de renda. Os três últimos anos foram decisivos para, pelo menos, 30 milhões de brasileiros.



Parece óbvio, mas admitir que o país melhorou não é tarefa simples para a direita. Via imprensa, as queixas são muitas, principalmente das viúvas tucanas e pefelistas, isoladas politicamente da população em geral. Jornalões e revistas comprometidas com a direita acusam, sistematicamente, o Partido dos Trabalhadores de não ter resolvido todos os problemas do Brasil. Como se governos passados os tivessem resolvido.

As mazelas no Brasil são muitas e antigas. É verdade que nossos problemas crônicos ainda estão longe de uma solução satisfatória, mas os primeiros passos foram dados. O caminho foi mostrado por Lula e, obrigatoriamente, passa pela presença do Estado na economia.

O peso das Instituições Públicas se mostrou necessário na crise de 2008/2009 e isto incomodou os 4% de descontentes (segundo todos os institutos de pesquisas). Mas este peso foi capaz de reduzir a pobreza e incluir, ao invés de marginalizar, milhões de brasileiros. Assim se criou a nova classe "C", esta que está elegendo Dilma Rousseff como a primeira Presidenta da República do Brasil.

Esta nova classe deveria ser alvo de estudos por parte da direita. Diante de uma derrota iminente, ainda maior do que as das últimas duas eleições, os candidatos oposicionistas deveriam se debruçar com mais atenção no exame deste fenômeno. Apesar dos graves problemas, a nova classe média ultrapassou a barreira do simples consumo; o que antes era a compra de produtos e bens básicos evoluiu para a compra de supérfluos e serviços e, hoje, está próxima de se tornar a camada mais exigente da sociedade. Seu poder de compra é um fato e já faz parte do planejamento estratégico de grandes empresas e conglomerados financeiros. Em breve, terá mais poder para determinar o que deve ser produzido, ditando o ritmo do crescimento do PIB.

A três semanas das eleições presidenciais, nota-se a presença da classe "C" nas pesquisas de opinião. Exemplo típico é, segundo Ibope, José Serra perder em seu maior reduto eleitoral. São Paulo, estado e capital, votam Dilma com uma margem bastante confortável à petista.

Mais exemplos?

O prefeito paulistano G. Kassab, sombra de Serra e único representante do DEM no cenário politico nacional, está de malas prontas para se filiar no PMDB; César Maia perdeu a liderança na corrida pelo Senado Federal no Rio de Janeiro para Lindberg Faria; matéria da Veja acusando a ainda Ministra Dilma Rousseff de corrupção foi desmentida pelo empresário citado na revista como suposto denunciante. E muito mais!

Se, diante deste fatos apontados por centenas de Blogs Sujos como este, mesmo assim as oposições continuarem com a postura de apenas criticar sem oferecer um programa de governo consistente, que possa fazer frente ao PT e aliados, que sirva de alternativa ao atual modelo de desenvolvimento econômico-social, estarão condenados ao desaparecimento, à extinção. E, junto, levarão a midia comprometida até o pescoço com o projeto neoliberal de concentração de renda.

A falta de neurônios da oposição é gritante e é divertido ver uma mulher como Dilma Rousseff estraçalhar a direita pela via do voto.


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