7 de jun. de 2011

Sobre Antonio PALOCCI.

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A VITÓRIA DA MIDIA

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Bombardeio diário em todos os jornais e TVs ligadas à direita.

O alvo: um possivel candidato ao governo do estado de São Paulo em 2014 e, posteriormente, ao cargo de Presidente da República em 2018.

Antonio Palocci já foi vítima desta armação midiática no primeiro mandato de Lula. Foi derrubado por ter supostamente quebrado o sigilo bancário de um caseiro. Agora, através da quebra de seu sigilo fiscal – provavelmente feito pela Prefeitura de São Paulo, cujos dados sobre seu faturamento geraram Imposto Sobre Serviços (ISS) - cai outra vez.

O erro de Palocci está em ceder à pressão da parte da imprensa comprometida com o projeto neoliberal que manteve o Brasil no atraso. Renuncia ao cargo de Chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff por não suportar as acusações.

De certa forma, assume o crime. É como se estivesse confessando ter praticado malfeitos.

De nada adiantou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ter arquivado todos os pedidos de abertura de processo contra o Ministro da Casa Civil, alegando falta de provas, falta de indícios concretos da prática de crime.

Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio prestando, segundo ele próprio disse, consultoria privada. Não há qualquer relação de seus ganhos com o dinheiro público; empresas pagaram por seu trabalho e ele declarou seus ganhos e recolheu os impostos. Onde está o crime? Onde está a falta de ética?

Palocci mostrou-se fraco! Deveria ter resistido e assumido o bombardeio. A desculpa que sua permanência enfraqueceria a Presidenta Dilma não serve; ela se enfraquece ao ter que mudar seu quadro de colaboradores antes de seis meses de mandato, e permite que se cole na imagem de seu Ministro a fama de corrupto.

Parte do Partido dos Trabalhadores colocou-se à favor da demissão de Palocci. Entre outros, deputados da bancada paulista do PT divulgaram posições contrárias à permanência do Ministro no governo federal.

Medo de competição em 2014?

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